"Fina Estampa" é clichê, mas não "enche linguiça" - nem o bule de café
"Fina Estampa" estreou e, surpreendentemente, conquistou o público logo de cara. Há tempos não víamos uma novela conseguir segurar o público dos primeiros capítulos e virar assunto com tanta rapidez. Isso, aliás, é um caso que merece uma análise mas cuidadosa, pois pode servir como amostra para empreitadas futuras. Afinal de contas, a audiência prefere tramas cheias de nuances ou histórias simples, com uma avalanche de clichês?
Sinceramente, prefiro enredos bem elaborados, com cheiro de novidade e que, quando menos se espera, consigam surpreender, seja com uma reviravolta de tirar o fôlego ou com uma atitude intempestiva da mocinha. A verdade é que torci o nariz quando li as primeiras linhas da sinopse de "Fina Estampa". Uma mulher humilde que enriquece do dia para a noite e vê sua vida transformada pelo dinheiro. Cá pra nós, definitivamente, isso é mais velho que andar pra frente. Entretanto, num sopro de realismo, conclui-se que nada na dramaturgia é mais novidade. É tudo uma questão de coser a história da maneira mais original possível, reciclando (ou apenas camuflando) o que todo mundo acabou de ver no folhetim anterior. É como um abadá de Carnaval: cada um customiza como bem entende. Acreditando nisso, cruzei os dedos e decidir ver aonde Aguinaldo Silva pretende chegar com o seu festival de banalidades, chamado por ele de novelão tradicional.
No capítulo desta quarta-feira (7), o autor deixou bem claro que não está a fim de engabelar o público, embora não tenha acontecido muita coisa ao longo das últimas duas semanas. Griselda (Lilia Cabral), que já caiu nas graças de todo mundo, invadiu a mansão de Tereza Cristina (Christiane Torloni) e desmascarou Antenor (Caio Castro), o filho que a renega por ser pobre, ignorante e sem vaidade. Na ocasião, ele apresentava a atriz Mirna Bello (Ângela Vieira) aos pais da noiva, Patrícia (Adriana Birolli), como sua mãe, fazendo-os acreditar que o sacripanta fosse cheio da grana e, portanto, à altura do clã Siqueira Velmont.
À primeira vista, desatar esse conflito antes do vigésimo capítulo parece pouco estratégico. Não é difícil concluir que a audiência seria maior posteriormente, uma vez que o público estaria ainda mais ansioso e envolvido pelo drama da mãe humilhada por seu mais querido rebento. Mas, pensando bem, estamos falando de uma história de Aguinaldo Silva, não de Manoel Carlos... Já que é assim, que o pé no acelerador seja constante em "Fina Estampa". De acordo com dados consolidados do Ibope, o capítulo repetiu o desempenho da estreia, que é o melhor até agora: 41 pontos.
Números e estratagemas à parte, algo pareceu inverossímil quando o teatro de Antenor ruiu. Griselda interrompeu o jantar, totalmente envergonhada, humilhada e disposta a acabar com a farsa do filho, certo? Insultou Mirna, que se passava por uma pecuarista chamada Gisela Pereira, e surrou Antenor ali mesmo, ok? Por que diabos então Tereza Cristina acusou a "marido de alguel" de estar interessada na fortuna de sua família? Que espécie de golpista é essa que revela suas pretensões antes de consumá-las? Que bandida livra a pele da vítima espancando o comparsa? Estranho, no mínimo. Fica parecendo que Aguinaldo Silva quer criar contendas entre suas protagonistas passando por cima da lógica, subestimando a inteligência do público. Das duas, uma: ou Tereza Cristina é muito burra ou é o novelista que não sabe juntar lé com cré. Ou por acaso perdi alguma coisa? Se sim, retiro o que disse.
Por falar em vacilo, o capítulo desta terça-feira (6) nos apresentou uma verdadeira novidade: o café incolor. Geneticamente modificada, a bebida é ótima para quem odeia lavar xícaras - e, o que é melhor, não agride o esmalte dos dentes. Ana Maria Braga avisa que dará detalhes sobre o preparo em seu programa na semana que vem.
Falando sério agora, quando vi a cena, estranhei e até achei que havia ouvido errado, pois parecia leite no fundo do recipiente. Depois, no Twitter, foi que descobri que tudo não passou de um belo escorregão da direção. Uma besteira, quero dizer, uma bobagem, pois todo mundo já está careca de saber que café no bule é coisa da concorrência...
Sinceramente, prefiro enredos bem elaborados, com cheiro de novidade e que, quando menos se espera, consigam surpreender, seja com uma reviravolta de tirar o fôlego ou com uma atitude intempestiva da mocinha. A verdade é que torci o nariz quando li as primeiras linhas da sinopse de "Fina Estampa". Uma mulher humilde que enriquece do dia para a noite e vê sua vida transformada pelo dinheiro. Cá pra nós, definitivamente, isso é mais velho que andar pra frente. Entretanto, num sopro de realismo, conclui-se que nada na dramaturgia é mais novidade. É tudo uma questão de coser a história da maneira mais original possível, reciclando (ou apenas camuflando) o que todo mundo acabou de ver no folhetim anterior. É como um abadá de Carnaval: cada um customiza como bem entende. Acreditando nisso, cruzei os dedos e decidir ver aonde Aguinaldo Silva pretende chegar com o seu festival de banalidades, chamado por ele de novelão tradicional.
No capítulo desta quarta-feira (7), o autor deixou bem claro que não está a fim de engabelar o público, embora não tenha acontecido muita coisa ao longo das últimas duas semanas. Griselda (Lilia Cabral), que já caiu nas graças de todo mundo, invadiu a mansão de Tereza Cristina (Christiane Torloni) e desmascarou Antenor (Caio Castro), o filho que a renega por ser pobre, ignorante e sem vaidade. Na ocasião, ele apresentava a atriz Mirna Bello (Ângela Vieira) aos pais da noiva, Patrícia (Adriana Birolli), como sua mãe, fazendo-os acreditar que o sacripanta fosse cheio da grana e, portanto, à altura do clã Siqueira Velmont.
À primeira vista, desatar esse conflito antes do vigésimo capítulo parece pouco estratégico. Não é difícil concluir que a audiência seria maior posteriormente, uma vez que o público estaria ainda mais ansioso e envolvido pelo drama da mãe humilhada por seu mais querido rebento. Mas, pensando bem, estamos falando de uma história de Aguinaldo Silva, não de Manoel Carlos... Já que é assim, que o pé no acelerador seja constante em "Fina Estampa". De acordo com dados consolidados do Ibope, o capítulo repetiu o desempenho da estreia, que é o melhor até agora: 41 pontos.
Números e estratagemas à parte, algo pareceu inverossímil quando o teatro de Antenor ruiu. Griselda interrompeu o jantar, totalmente envergonhada, humilhada e disposta a acabar com a farsa do filho, certo? Insultou Mirna, que se passava por uma pecuarista chamada Gisela Pereira, e surrou Antenor ali mesmo, ok? Por que diabos então Tereza Cristina acusou a "marido de alguel" de estar interessada na fortuna de sua família? Que espécie de golpista é essa que revela suas pretensões antes de consumá-las? Que bandida livra a pele da vítima espancando o comparsa? Estranho, no mínimo. Fica parecendo que Aguinaldo Silva quer criar contendas entre suas protagonistas passando por cima da lógica, subestimando a inteligência do público. Das duas, uma: ou Tereza Cristina é muito burra ou é o novelista que não sabe juntar lé com cré. Ou por acaso perdi alguma coisa? Se sim, retiro o que disse.
Por falar em vacilo, o capítulo desta terça-feira (6) nos apresentou uma verdadeira novidade: o café incolor. Geneticamente modificada, a bebida é ótima para quem odeia lavar xícaras - e, o que é melhor, não agride o esmalte dos dentes. Ana Maria Braga avisa que dará detalhes sobre o preparo em seu programa na semana que vem.
Falando sério agora, quando vi a cena, estranhei e até achei que havia ouvido errado, pois parecia leite no fundo do recipiente. Depois, no Twitter, foi que descobri que tudo não passou de um belo escorregão da direção. Uma besteira, quero dizer, uma bobagem, pois todo mundo já está careca de saber que café no bule é coisa da concorrência...
Fina Estampa é uma novela cheia de clichés. Quanto a Teresa Cristina acusar Pereirão, foi uma das desculpas do Aguinaldo para transformar a personagem numa grande vilã, e assim o publico já vai odia-la. Mesmo que para isso ela tenha de se fingir de burra.
ResponderExcluirPoisé. Fina Estampa é até bem interessante, mas por conta desses deslizes é complicado curtir a trama e não se indignar em certos pontos.
Vejo pouco esta novela, vi o capítulo de que trata a matéria devido os comentários e chamadas. O que deu pra notar nesse momento discorro abaixo:
ResponderExcluir1- Lília Cabral é mesmo maravilhosa em qualquer papel/ folhetim;
2- A Cristiane Torlone será mesmo uma vilãzinha bem das clichês;
3- Igualmente clichê e sem gosto será o mocinho vivido pelo Dalton Vigh;
4- A Adriana Birolli fez a cena muito mal. Se permanecer assim, ela estragará umas das personagens principais da trama.
Mais ou menos assim!
nota 10 pra angela vieira, como observou o mr. tv em seu blog. ela é a grata surpresa dessa novela. vai longe.
ResponderExcluirEu não sei que graça acham nessa Adriana Birolli...feia, voz insuportável e trabalha muito mal.....
ResponderExcluirNEM ASSISTO, FICA A DEIXAR POR REPETIR A TRAMA DAS 7, OU ALGUEM NAO SE LEMBRA DO GUILHERME.
ResponderExcluirRUI
aDOREI SEU COMENTARIO RITA,
ResponderExcluirRUI
É isso aí Rita. Disse tudo. A Adriana Birolli é muito sem sal.
ResponderExcluirAcho cedo para o julgamento dessa atriz Adriana Birrolli ,sabemos que ela é novata e que tem muito ainda a aprender.
ResponderExcluirNão sou fã , até acho que esse papel cairia melhor na Isis Valverde mas só o tempo confirmará ou não se ela tem talento.
AQUELA POUSADA E SEUS PERSONAGENS ...CHATÉRRIMA...A MORTE DA DONA FULANINHA COM TODO MUITO "MUITOOOOOO" ABALADO É TOTALMENTE IRREAL... A BIPOLARIDADE DA TERESA CRISTINA...O VAZIO DA NOVELA...ESTÁ HUMMMMMMM PORRE!!!A CARICATURA DO PEREIRÃO...DIFÍCIL ASSISTIR O CAPITULO ATÉ O FIM.
ResponderExcluirDIVERTIDO O "SERVO" DA TERESA CRISTINA, O BALTAZAR, A ÂNGELA VIEIRA DEU SHOW...O PORTUGUÊS CONVENCE, O RAPAZINHO GERENTE DA LOJA DA MOTO TAMBÉM..MAS, A NOVELA ESTÁ TÃO INSIGNIFICANTE QUE NEM OS NOMES CONSEGUIMOS GRAVAR...
AH...OS BEIJOS DA MOCINHA PATRICIA COM O ANTENOR PARECE QUE O "CUSPE" DOS NÃO COMBINA PORQUE QUANDO ACABAM DE SE BEIJAR, TODOS DOIS LIMPAM A BOCA DISCRETAMENTE...
ResponderExcluirEste foi o único capítulo interessante de "Fina Estampa" até agora. A novela não conseguiu me empolgar. Só assisto pelos desempenhos de alguns atores, entre os quais Lília Cabral, Renata Sorrah, Julia Lemmertz, Dan Stulbach, Arlete Salles, Marcelo Serrado.
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