"Passione" em 10 pontos
Amada e odiada. Durante toda sua trajetória, “Passione” viu o público dividido entre os que a adoravam e os que a detestavam. Sem meio termo.
Nesta sexta (14), a Globo exibiu o tão aguardado último capítulo da história de Silvio de Abreu, no qual milhões de expectativas foram depositadas. Descobrir a identidade do assassino de Saulo Gouveia (Werner Schünemann) era a maior curiosidade de todos nós. Curiosidade esta só saciada nos últimos minutos do longo derradeiro capítulo (quase duas horas de duração).
Entre prós e contras, este blog relaciona abaixo os pontos mais importantes de “Passione” em seus 209 capítulos. Confira os destaques do folhetim que parou o Brasil esta semana!
01. QUEM MATOU SAULO?
Clara (Mariana Ximenes) matou Saulo, para se vingar dos abusos sexuais que sofria dele na infância. De quebra, a vilã ainda castigou Fred (Reynaldo Gianecchini), incriminando-o pela morte do pedófilo tenebroso. Foi uma espécie de revanche, um troco à rasteira que ele (fogo) deu na loira má (gasolina) lá nos primeiros capítulos. Puxe pela memória e lembrarás que Fred ficou com a grana de Totó (Tony Ramos) e meteu o pé na bunda de Clara. Mas vamos voltar ao homicídio de Saulo... Achei tudo muito coerente e justificável, pelos motivos já citados. No entanto, essa história do assassino do “quem matou?” ser sempre o vilão já torrou a paciência nas novelas. O público tem que ser surpreendido, não decepcionado com o óbvio. No fim das contas, “Passione” nos ensinou uma preciosa lição com esse episódio: antes de pular em um travesseiro, verifique o que há debaixo dele.
02. VETERANOS
O elenco de “Passione” foi excepcional. Grandes estrelas da teledramaturgia brasileira reunidas como há muito não se via. Vamos nos ater aos mais experientes: Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Irene Ravache, Francisco Cuoco, Aracy Balabanian, Cleyde Yáconis, Leonardo Villar, Elias Gleizer, Vera Holtz, Emiliano Queiroz, entre outros medalhões do cast da Globo. Brilho foi o que não faltou.
03. CARAS NOVAS
Mayana Moura, vivendo a mimada Melina, arrasou em seu primeiro grande papel na TV. A sua fase “quero o Mauro só pra mim, custe o que custar” foi um dos momentos altos da trama. Sem sombra de dúvidas, Mayana foi a grande revelação de “Passione”. Menções honrosas: Adriana Prado, que cresceu absurdamente como a Laura Peixoto, se tornando um dos elementos mais importantes da narrativa; Carol Macedo, que emocionou o público como a irmã boazinha de Clara, a Kelly; e, por fim, Júlio Andrade, o mordomo Arthurzinho, que já tem alguns anos de carreira nas costas, mas só agora conseguiu destaque na TV.
04. DROGAS
A abordagem da dependência química ganhou destaque novamente nas novelas globais. O personagem Danilo, interpretado por Cauã Reymond, era um campeão de ciclismo que encontrou nas drogas um refúgio para os seus problemas em casa. No fundo do poço, o rapaz conseguiu se reerguer, com a ajuda da família e dos amigos. Serviu como exemplo.
05. PUNTO E BASTA!
O uso do italiano foi um dos principais problemas encontrados pelo público para assimilar a história contada em “Passione”. Falas carregadas e entendimento quase zero das palavras ditas pelos personagens da Toscana (Itália). Senti necessidade da legenda algumas vezes.
06. O SEGREDO
Homossexual, pedófilo, necrófilo, traficante, fã do Restart... As suposições quanto ao segredo de Gerson (Marcello Antony) não foram poucas. Um mês e meio antes do fim da história, veio a revelação guardada a sete chaves pelo autor. O piloto de Stock Car era, na verdade, um voyeur, viciado em “sexo sujo e pesado”. O público acabou frustrado e considerou uma bobagem o distúrbio do personagem.
07. EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
Silvio de Abreu alertou em “Passione” para o problema da exploração sexual infantil no Brasil. Para isso, o autor inseriu na história uma avó inescrupulosa e sua ingênua netinha. Valentina (Dayse Lucidi), assim como fez com Clara no passado, obrigava Kelly a ir pra cama com alguns clientes da sua pensão e até tentou vendê-la para um fazendeiro. Um assunto delicado e pouco tratado na ficção.
08. HUMOR
Apesar de tratar de temas sobrecarregados, “Passione” não deixou o humor de lado em nenhum momento. O núcleo do Jardim América, por exemplo, foi um dos grandes motivos para acompanharmos a trama das nove. A perua Clô Souza e Silva (Irene Ravache), com toda opulência e sua coleção de pérolas impagáveis, dispensou adjetivos. O personagem, inclusive, foi eleito por este blog como o “melhor da ficção em 2010”. O triângulo amoroso formado por Jéssica (Gabriela Duarte), Berilo (Bruno Gagliasso) e Agostina (Leandra Leal) também nos fez rir bastante. Menções honrosas: Lurdinha (Simone Gutierrez), Jackie (Alexandra Richter), Guida (Andréa Bassitt) e a safadinha dona Brígida (Cleyde Yáconis).
09. CHATOS
Ao mesmo tempo em que teve personagens estupendos, “Passione” nos trouxe figuras chatíssimas. O Tótó, por exemplo, pode ser apontado como o maior deles. Passou a novela inteira com um par de chifres na cabeça e só. Um dos trabalhos mais secos da carreira de Tony Ramos. Fernanda Montenegro, apesar de ter feito um belíssimo trabalho como a matriarca Bete Gouveia, também não escapa de uma citação aqui. Chata de doer. Para piorar, Silvio de Abreu nem se preocupou em dar um desfecho digno ao personagem. Dona Bete merecia um “sapato velho” no fim da história.
10. MALDADE
Não posso encerrar o post sem elogiar a performance de Mariana Ximenes como a esperta Clara. Brilhou em cena e soube construir uma vilã de primeira linha. Quem não se viu torcendo por ela em algum momento?! O final da serpente loira, a la Bia Falcão, agradou. Mariana firma-se como uma das melhores atrizes brasileiras. Reynaldo Gianecchini, em sua estreia como vilão, começou mal, mas conseguiu crescer significativamente na pele do vingativo Fred. Mesmo assim, “Passione” não foi um dos melhores trabalhos do ator.
Acho que isso é tudo. Gostaria de continuar comentando, mas o post já está se estendendo mais do que devia. No mais, “Passione” se despede como uma boa novela. Ficou devendo em algumas partes, mas, a meu ver, teve um saldo positivo: conseguiu deixar “Caminho das Índias” e “Viver a Vida”, ambas de 2009, no chinelo. Vou ficar com saudades...
Nesta sexta (14), a Globo exibiu o tão aguardado último capítulo da história de Silvio de Abreu, no qual milhões de expectativas foram depositadas. Descobrir a identidade do assassino de Saulo Gouveia (Werner Schünemann) era a maior curiosidade de todos nós. Curiosidade esta só saciada nos últimos minutos do longo derradeiro capítulo (quase duas horas de duração).
Entre prós e contras, este blog relaciona abaixo os pontos mais importantes de “Passione” em seus 209 capítulos. Confira os destaques do folhetim que parou o Brasil esta semana!
01. QUEM MATOU SAULO?
Clara (Mariana Ximenes) matou Saulo, para se vingar dos abusos sexuais que sofria dele na infância. De quebra, a vilã ainda castigou Fred (Reynaldo Gianecchini), incriminando-o pela morte do pedófilo tenebroso. Foi uma espécie de revanche, um troco à rasteira que ele (fogo) deu na loira má (gasolina) lá nos primeiros capítulos. Puxe pela memória e lembrarás que Fred ficou com a grana de Totó (Tony Ramos) e meteu o pé na bunda de Clara. Mas vamos voltar ao homicídio de Saulo... Achei tudo muito coerente e justificável, pelos motivos já citados. No entanto, essa história do assassino do “quem matou?” ser sempre o vilão já torrou a paciência nas novelas. O público tem que ser surpreendido, não decepcionado com o óbvio. No fim das contas, “Passione” nos ensinou uma preciosa lição com esse episódio: antes de pular em um travesseiro, verifique o que há debaixo dele.
02. VETERANOS
O elenco de “Passione” foi excepcional. Grandes estrelas da teledramaturgia brasileira reunidas como há muito não se via. Vamos nos ater aos mais experientes: Fernanda Montenegro, Tony Ramos, Irene Ravache, Francisco Cuoco, Aracy Balabanian, Cleyde Yáconis, Leonardo Villar, Elias Gleizer, Vera Holtz, Emiliano Queiroz, entre outros medalhões do cast da Globo. Brilho foi o que não faltou.
03. CARAS NOVAS
Mayana Moura, vivendo a mimada Melina, arrasou em seu primeiro grande papel na TV. A sua fase “quero o Mauro só pra mim, custe o que custar” foi um dos momentos altos da trama. Sem sombra de dúvidas, Mayana foi a grande revelação de “Passione”. Menções honrosas: Adriana Prado, que cresceu absurdamente como a Laura Peixoto, se tornando um dos elementos mais importantes da narrativa; Carol Macedo, que emocionou o público como a irmã boazinha de Clara, a Kelly; e, por fim, Júlio Andrade, o mordomo Arthurzinho, que já tem alguns anos de carreira nas costas, mas só agora conseguiu destaque na TV.
04. DROGAS
A abordagem da dependência química ganhou destaque novamente nas novelas globais. O personagem Danilo, interpretado por Cauã Reymond, era um campeão de ciclismo que encontrou nas drogas um refúgio para os seus problemas em casa. No fundo do poço, o rapaz conseguiu se reerguer, com a ajuda da família e dos amigos. Serviu como exemplo.
05. PUNTO E BASTA!
O uso do italiano foi um dos principais problemas encontrados pelo público para assimilar a história contada em “Passione”. Falas carregadas e entendimento quase zero das palavras ditas pelos personagens da Toscana (Itália). Senti necessidade da legenda algumas vezes.
06. O SEGREDO
Homossexual, pedófilo, necrófilo, traficante, fã do Restart... As suposições quanto ao segredo de Gerson (Marcello Antony) não foram poucas. Um mês e meio antes do fim da história, veio a revelação guardada a sete chaves pelo autor. O piloto de Stock Car era, na verdade, um voyeur, viciado em “sexo sujo e pesado”. O público acabou frustrado e considerou uma bobagem o distúrbio do personagem.
07. EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL
Silvio de Abreu alertou em “Passione” para o problema da exploração sexual infantil no Brasil. Para isso, o autor inseriu na história uma avó inescrupulosa e sua ingênua netinha. Valentina (Dayse Lucidi), assim como fez com Clara no passado, obrigava Kelly a ir pra cama com alguns clientes da sua pensão e até tentou vendê-la para um fazendeiro. Um assunto delicado e pouco tratado na ficção.
08. HUMOR
Apesar de tratar de temas sobrecarregados, “Passione” não deixou o humor de lado em nenhum momento. O núcleo do Jardim América, por exemplo, foi um dos grandes motivos para acompanharmos a trama das nove. A perua Clô Souza e Silva (Irene Ravache), com toda opulência e sua coleção de pérolas impagáveis, dispensou adjetivos. O personagem, inclusive, foi eleito por este blog como o “melhor da ficção em 2010”. O triângulo amoroso formado por Jéssica (Gabriela Duarte), Berilo (Bruno Gagliasso) e Agostina (Leandra Leal) também nos fez rir bastante. Menções honrosas: Lurdinha (Simone Gutierrez), Jackie (Alexandra Richter), Guida (Andréa Bassitt) e a safadinha dona Brígida (Cleyde Yáconis).
09. CHATOS
Ao mesmo tempo em que teve personagens estupendos, “Passione” nos trouxe figuras chatíssimas. O Tótó, por exemplo, pode ser apontado como o maior deles. Passou a novela inteira com um par de chifres na cabeça e só. Um dos trabalhos mais secos da carreira de Tony Ramos. Fernanda Montenegro, apesar de ter feito um belíssimo trabalho como a matriarca Bete Gouveia, também não escapa de uma citação aqui. Chata de doer. Para piorar, Silvio de Abreu nem se preocupou em dar um desfecho digno ao personagem. Dona Bete merecia um “sapato velho” no fim da história.
10. MALDADE
Não posso encerrar o post sem elogiar a performance de Mariana Ximenes como a esperta Clara. Brilhou em cena e soube construir uma vilã de primeira linha. Quem não se viu torcendo por ela em algum momento?! O final da serpente loira, a la Bia Falcão, agradou. Mariana firma-se como uma das melhores atrizes brasileiras. Reynaldo Gianecchini, em sua estreia como vilão, começou mal, mas conseguiu crescer significativamente na pele do vingativo Fred. Mesmo assim, “Passione” não foi um dos melhores trabalhos do ator.
Acho que isso é tudo. Gostaria de continuar comentando, mas o post já está se estendendo mais do que devia. No mais, “Passione” se despede como uma boa novela. Ficou devendo em algumas partes, mas, a meu ver, teve um saldo positivo: conseguiu deixar “Caminho das Índias” e “Viver a Vida”, ambas de 2009, no chinelo. Vou ficar com saudades...
Concordo que Passione foi melhor que suas antecessoras e como toda novela teve seus lados positivos e negavitos!!!
ResponderExcluirAcho que questão do próprio clichê e S.De Abreu brincou com tudo isso, Totó era o estereótipo do mocinho, bom demais e sua mãe, Dona Bete, pra mim, foi a mocinha da história, essa sim sofreu até o fim... hehe!!!
De resto deu pra se divertir e brincar de detetive!!!
Fala Augusto... faca das suas as minhas palavras.
ResponderExcluircara alguém j´pa disse que você é foda, muito bom, parabéns! E QUAIS SÃO SUAS ESPECTATIVAS? TODOS QUEREM SABER! MARIA ESPERANÇA? INSENSATO CORAÇÃO? VIDAS EM JOGO? AMOR E REVOLUÇÃO? REBELDE? CORAÇÕES FERIDOS? ABRAÇOS!
ResponderExcluirBão:
ResponderExcluirnão achei o italiano difícil de entender, mas meio chato;
o final foi muito bom, concordo que foi tudo coerente e justificável (apesar de que nada justifica um assassinato), só gostaria que a família do Saulo descobrisse que ele matou o pai e que era pedófilo;
aquela irmã da Clara teria grandes chances de ser eleita o personagem mala do ano;
No mais, quando crescer quero ser igual dona Brígida =D
Realmente, é meio chato essa história de o grande vilão ser sempre o assassino. Foi assim em "Celebridade", em "Paraíso Tropical" e, agora, em "Passione". Pelo menos, até que a Clara mandou o "titio" Saulo para o além de forma bem, digamos, criativa. Hehe! Foi uma grande cena aquela...
ResponderExcluir...
Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!
O que mais gostei na novela global foi ver a Mariana Ximenes com aquela lingerie preta...rs....
ResponderExcluirBrincadeiras a parte,gostei da cena do assassinato, teve originalidade.
O que mais gostei na novela global foi ver a Mariana Ximenes com aquela lingerie preta...rs....
ResponderExcluirBrincadeiras a parte,gostei da cena do assassinato, teve originalidade.
Oi depois de três meses voltei!!! O meu blog também já está novamente na ativa e com novidades!!
ResponderExcluirEm relação a Passione a única coisa chata foi a Diana, ou melhor a atuação sofrivél da Carolina Dickeman. Passione foi uma novela inteligente e poucos a entenderam. Uma pena! Totó não era chato.... Um pouco bobo, mas não chato. Achei bonita as últimas cenas dele na Italia quando conheceu a Juliana. A Bete era daquele jeito meio frio, mas ela não era tão chata assim...No fim Passione foi a melhor novela das 9 desde A Favorita. Mesmo com os erros, mas erros todas as obras de ficção tem.
Beijos
arte-e-cultura.zip.net
Olá amigo, tudo bom? Eu vou sentir saudades de Passione, me divertia muito com a trama. Ah, quero convidar você para conferir a Entrevista que eu fiz com o Gilberto Braga, para o No Mundo dos Famosos, passa lá depois, abraços!
ResponderExcluirwww.jeffersonbalbino.zip.net
Olá amigo, tudo bom? Eu vou sentir saudades de Passione, me divertia muito com a trama. Ah, quero convidar você para conferir a Entrevista que eu fiz com o Gilberto Braga, para o No Mundo dos Famosos, passa lá depois, abraços!
ResponderExcluirwww.jeffersonbalbino.zip.net
Olá Augusto!!
ResponderExcluirFaz tempo que não visito o Antena Livre e só agora percebi que não tenho o banner do blog na minha página de parceiros, gostaria que me enviasse o código de seu banner. Passione para mim foi uma chatice, só consegui acompanhar o fim. Foi inevitável não achar que o assassino de Saulo foi óbvio (Assim como aconteceu com "Celebridade" no Quem matou Lineu?) e não posso negar que adorei o fim de clara.
Comentá lá, tá valendo prêmios literários!
www.bobagenselivros.blogspot.com