Aplausos e confetes a quem merece!

Assim como gostaria de ter incluído o nome de Tiago Leifert na categoria Melhor Jornalista, no nosso Prêmio Panorama TV 2010, também fiquei triste por não ter indicado a Jéssica, papel de Gabriela Duarte em "Passione", a Melhor Personagem da Ficção. Se fossem sete indicações, com certeza ambos estariam concorrendo.

Por falar em Gabriela Duarte, não posso deixar de comentar o quanto a atriz está divertida e inspirada na novela das nove da Globo. A Jéssica é realmente uma figura indispensável no núcleo cômico de "Passione". Agora, com a personagem delirando com sua condição de amante do seu ex-marido, Berilo (Bruno Gagliasso), estou sofrendo crises de riso. Silvio de Abreu não economiza humor nas falas da Princesa do Lixo (pela lógica), garantindo cenas hilárias a cada capítulo. Gabriela carrega na tinta, capricha nas caras e bocas e consegue excelente resultado. “Estou com febre. Febre de amor, de aventura, do proibido! Quer ver as roupinhas que eu comprei, Clô? Olha que lindas. Tudo roupa de gente ordinária! Olha que lingerie sensual. E essas roupas de couro? Olha essa blusa, que decotão, mostra quase tudo. Uma indecência! Olha só! Uniforme de enfermeira. De freira. De professorinha...”, vibrou a mais nova pervertida da ficção.

A propósito, o núcleo cômico de “Passione” é deveras de tirar o chapéu. Diferente de algumas novelas, aqui o texto funciona muito bem, não é apenas encheção de linguiça ou preceito folhetinesco. A Clô, papel da extraordinária Irene Ravache, é um presente e tanto para nós, noveleiros inveterados. A perua deslumbrada do Jardim América é uma verdadeira máquina de pérolas impagáveis. “Duas gotinhas e meia de adoçante, por favor. Senão eu não entro num vestido de grife. Eles foram feitos para mocinhas subnutridas”, soltou Clô Souza e Silva em certa cena.

Não é à toa que “Passione” é compromisso diário deste blogueiro que vos escreve...