"Ti-Ti-Ti" merece confetes

Já é possível afirmar que "Ti-Ti-Ti" é a melhor novela de 2010, disparada. Merece o Troféu Imprensa, Melhores do Ano do Faustão, Prêmio Contigo! e todas as condecorações possíveis. A novela é leve, divertida e muitíssimo bem feita, desde o texto até a direção de arte.

E o que dizer do elenco?! Murilo Benício, como o esperto e maroto Ariclenes Martins/Victor Valentin, consegue arrancar riso fácil a cada cena, fazendo bom uso de seus trejeitos e cacos - uma maneira única de interpretar.

Alexandre Borges, que dá vida ao afetado André Spina/Jacques Leclair, vem acertando no tom extravagante que imprimiu a seu personagem, destoando totalmente da composição feita por Reginaldo Faria na versão original da trama. Alguém aí consegue imaginar Fábio Assunção - o primeiro nome cogitado para o papel - na pele do costureiro canastrão? Impossível, né?! Alexandre está calando a boca de muita gente estúpida por aí...

Claudia Raia é outro nome que merece ênfase incondicional. A atriz está soberba, saboreando cada palavra das falas de sua Jaqueline Maldonado, efetuando um de seus melhores trabalhos na TV até hoje. Inspiração total!

Outros atores também merecem citação pelo ótimo desempenho (aliado à simpatia natural de seus personagens), como é o caso de Humberto Carrão (Luti), Mayana Neiva (Desirée) e Marco Ricca (Gino).

O uso dos efeitos visuais entre uma cena e outra segue funcionando muito bem, dinamizando a trama de uma maneira bastante eficiente. Pensei que o recurso desapareceria com o passar do tempo, mas isso não aconteceu. Melhor assim...

E por falar em dinamismo, o ritmo dos acontecimentos, sempre arisco, é um trunfo e tanto da novela das 19h. Todos os créditos à Maria Adelaide Amaral, Jorge Fernando e à equipe de edição dos capítulos.

“Ti-Ti-Ti” tem qualidade e merece confetes!